

Videohisteroscopia
O que é e para que serve a videohisteroscopia?
A videohisteroscopia é um método pelo qual a investigação diagnóstica e o tratamento cirúrgico são feitos exclusivamente através dos canais naturais da vagina e do útero.
O conjunto dos equipamentos tem a mesma característica de outros procedimentos endoscópicos.
Na videohisteroscopia, existe uma ótica rígida, acoplada a um sistema de vídeo com microcâmera e monitor, além de um sistema usado para distender a cavidade do útero com soro fisiológico ou gás carbônico e permitir sua visualização.
O propósito da histeroscopia diagnóstica é o de avaliar o colo, o canal cervical, a cavidade uterina e o endométrio - porção de tecido que reveste o interior da cavidade uterina – e coletar amostras de tecido – biópsias.
A videohisteroscopia é considerada o melhor método para o diagnóstico das doenças da cavidade uterina, especialmente no sangramento uterino anormal.
Não é incomum encontrarmos pólipos e miomas submucosos e, eventualmente, câncer do endométrio em pacientes com exame de ultrassonografia normal. Na videohisteroscopia, o equipamento ótico tem espessura tão pequena (< 3 mm) que é possível realizá-lo no consultório, sem a necessidade de anestesia ou internação. A videohisteroscopia também é considerada ideal para avaliação e tratamento cirúrgico do sangramento uterino disfuncional, e na extirpação de pólipos e miomas dentro da cavidade uterina.
Quando se trata de histeroscopia cirúrgica, o equipamento ótico é acoplado a uma "camisa" de trabalho que permite o uso de ferramentas que cortam e coagulam através do uso de fontes de energia bipolar e térmica.
Quais os principais procedimentos realizados pela videohisteroscopia cirúrgica?
Polipectomia – rápido e eficaz, a retirada do pólipo uterino pode tratar o sangramento uterino excessivo, a dificuldade de engravidar e evitar o câncer de endométrio, pois, a malignização do pólipo ocorre em 0,5% das vezes.
Septoplastia – é possível retirar o septo uterino, que é uma causa frequente de abortamento repetido, de maneira minimamente invasiva e sem nenhum corte aparente e com uma taxa de sucesso superior a 80%.
Lise de sinéquias – as aderências e traves fibrosas no interior do útero (sinéquias) podem aparecer após infecções uterinas ou manipulações dentro do útero, como na curetagem por abortamento. As sinéquias podem impedir a gravidez e o tratamento histeroscópico está associado com excelentes resultados.
Miomectomia – este procedimento representa um grande avanço tecnológico no tratamento dos miomas submucosos, evitando a perda do útero por cirurgias mutiladoras. A melhora do sangramento uterino anormal e da infertilidade ou do abortamento habitual é superior a 85%.
Ablação do endométrio – este procedimento é uma alternativa à histerectomia no tratamento do sangramento uterino excessivo de mulheres que não apresentam doença evidente no útero, e que, por risco de uma cirurgia maior, ou simplesmente pelo próprio desejo, não querem se submeter a uma histerectomia.
Qual o tempo de internação?
A histeroscopia cirúrgica requer hospitalização de 6 a 12 horas e anestesia por bloqueio raquiano ou peridural.
A recuperação se dá em torno de dois dias.
