

Malformação dos Orgãos Genitais
O que é e como surge a malformação nos orgãos genitais?
As má formações dos órgãos genitais são inúmeras, pois remetem a alterações ocorridas durante o desenvolvimento do embrião, ainda dentro do útero da mãe. A origem embriológica do sistema genital está associada ao desenvolvimento dos canais (ou ductos) de Muller – que são dois canais simétricos, dentro da pelve do embrião.
Originalmente, estes canais vêm de direções opostas e representam as trompas uterinas em sua origem. No momento em que os canais tomam o rumo descendente, eles seguem paralelos até a região do futuro períneo. Estes canais paralelos, irão se fundir e formar o útero, o colo do útero e boa parte da vagina.
Dessa maneira, fica mais fácil entender a grande variedade existente de malformação dos orgãos genitais que podem estar presentes. Outro fator determinante será o momento em que a malformação dos orgãos genitais ocorrem, se antes, ou depois das 9 semanas de gestação. Além disso, estes defeitos podem ocorrer em qualquer ponto destes canais, apenas de um lado, ou em ambos. Como o desenvolvimento do sistema genital está muito associado do desenvolvimento do sistema urológico, não é incomum a ocorrência associada de malformações destes dois sistemas.
Quais são as malformações mais comuns?
A vagina pode estar ausente, e esta condição é conhecida como agenesia da vagina, ou apresentar um septo longitudinal – vagina septada.
Como as gônadas - os ovários, têm uma origem diferente do útero e trompas, uma mulher pode apresentar todas as características sexuais externas desenvolvidas, e mesmo assim não possuir trompas, útero e a maior parte da vagina. Essa condição é conhecida como Síndrome de Rokitansky. Entre as malformações mais comuns do útero estão a duplicação completa – útero didelfo, o útero bicorno, útero arqueado e o útero septado.
Como tratar a malformação dos orgãos genitais?
A videolaparoscopia e a videohisteroscopia podem ser utilizadas, para diagnóstico e tratamento, em todas as condições da malformação dos orgãos genitais. São especialmente úteis a histeroscopia cirúrgica dos septos uterinos e vaginais (septoplastia) que causam infertilidade.
A laparoscopia é considerada a melhor técnica cirúrgica para a reconstrução da vagina ou a formação de uma nova vagina - neovagina. A técnica de maior aceitação atual utiliza uma transposição do intestino sigmóide, à semelhança de um retalho de pele. Nossa equipe está apta a realização deste procedimento sofisticado e eficaz.
O tempo de cirurgia da malformação varia de acordo com as necessidades. Muitas vezes, os procedimentos são realizados em conjunto. Para as cirurgias por videohisteroscopia, o período de internação é de 12 a 24 horas e a recuperação em torno de cinco dias. As cirurgias laparoscópicas terão período de internação de 24 a 48 horas e a recuperação, em torno de sete a dez dias.
